Coincidência ou não, o adendo da crônica da CPI da Pandemia à Produção da Ignorância caiu no colo. Só não é uma comédia dado as mais de 410 mil mortes provocadas pela manutenção deliberada de uma política ineficaz.

A primeira frase pronunciada pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ao acomodar-se ao assento da CPI no Senado no último dia 04 de maio foi a seguinte: Estamos num momento fulcral da Pandemia. Eu, no alto da minha mortalidade diria. Voce, ex-ministro da Saúde está num momento crucial. Aliás, nessa conjuntura quem não está, exceção à Clark Kent.

Crucialidade que vem se arrastando desde da superação dos mil mortos pelo coronavirus e que continua arrastando brasileiros e brasileiras para a cova rasa, na esmagadora maioria das contagens pretos e pobres como vocifera diariamente o jornalista Reinaldo Azevedo em seu programa O é da Coisa na Band News FM.

A necessidade de uma CPI que investigue a conjuntura do Brasil na imersão da Pandemia é um sintoma de que já há algum tempo uma cólera se abatera sobre a atividade política no país. Fato notório e trágico para a população brasileira.

Passado a euforia das repercussões do primeiro depoimento da CPI da Pandemia retomo a proposta inicial de fichamento das ideias centrais do texto Cientistas estudam a produção da ignorância e unem esforços para combatê-la da jornalista e bióloga Luciana Rathsam do Labjor – Laboratório de Jornalismo Avançado da Unicamp. 


Além do desafio de combate à pandemia no campo da medicina, um outro desafio se impõe paradoxalmente à ciência. O combate à desinformação e as notícias falsas no campo da comunicação, que exponencialmente inundam os dispositivos de milhares de pessoas no mundo e no Brasil.


Para compreender com profundidade acerca do texto de Rathsam é sugestivo um clique no link para entender as diferenças dos termos como FAKE NEWS, que segundo entendimento “evita-se admitir que o termo possua um significado direto ou comumente compreendido”, e uma das razões pode ser os efeitos da velocidade de mensagens difundidas nas redes sociai,s com as mais distintas intenções.

Priscila Muniz de Medeiros professora do Cursos de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) pesquisa o tema e diz que um dos aspectos centrais é compreender o comportamento da população frente a difusão de informações, falsas ou má intencionadas referente ao COVID-19.

O comportamento está relacionado fortemente com o ambiente social, logo, a relação e a interação social influem na tomada de decisões de um cidadão. Essa dinâmica está associada às práticas políticas. Isso se acirra com a temperatura de lideranças institucionais, que deveriam em tese reconduzir a população ao ambiente convencional anterior à Pandemia, o que por si só já é algo impossível segundo depoimentos de especialistas como o médico Drauzio Varella que afirma: a vida normal não vai existir por um bom tempo.

A produção da ignorância, a desinformação e o negacionismo no Brasil tem um campo fértil de prosperidade porque existe aqui, ainda, uma fragilidade institucional caracterizada pela “falta de estrutura da ciência, articulada com os instrumentos democráticos, ainda em processo de consolidação, “que pudesse dar conta de caminhos alternativos.

O combate à produção da ignorância encontra resposta no mesmo canal por onde o processo de produção da desinformação se propaga; a Internet. Estratégia, criatividade e comunicação são os instrumentos de combate. Traçar táticas eficientes no ambiente virtual é para esse momento, recurso imprescindível, para  que possa fazer frente ao negacionismo e a ignorância, a fim de minimizar seus efeitos para o bem do Brasil.

Algumas iniciativas estratégicas construtivas:

https://cienciapopular.org/

https://covid19br.github.io/

https://rncd.org/ (Rede Nacional de Combate à Desinformação)

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